terça-feira, 23 de maio de 2017

ATENÇÃO PARA O PRAZO DA FEBRE AFTOSA


A Campanha de Vacinação Contra Febre Aftosa para TODOS os Bovídeos (bovinos e búfalos) se encerra no próximo dia 31 de Maio. Quem ainda não adquiriu as doses, deverá fazer a aquisição da vacina em uma casa agropecuária e apresentar a Nota Fiscal na Inspetoria de seu município. É permitida a divisão (fracionamento) das doses entre produtores, basta pedir para incluir o nome dos produtores (carona) na observação da Nota Fiscal de compra. O produtor tem o prazo de no máximo 5 dias corridos após a aquisição da vacina para aplica-la no rebanho conforme legislação do Ministério Da Agricultura.
A Inspetoria de Defesa Agropecuária de São Lourenço Do Sul tem intensificado a fiscalização sobre a aplicação da vacina conforme metas solicitadas pela Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação. Portanto se você receber a visita dos fiscais ou for solicitado a recebe-los, lembre-se que eles irão lhe passar orientações e procedimentos para melhor aplicação da vacina em seus animais e garantir a sanidade do rebanho do município.




A Febre Aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa, causada por um RNA-vírus, pertencente à família Picornaviridae, gênero Aphtovirus. A enfermidade afeta animais de casco fendido (partido), como bovinos, suínos, ovinos e caprinos.


Transmissão

Esta enfermidade geralmente ocorre na forma de surto que se dissemina rapidamente no rebanho. A transmissão ocorre, principalmente, pelo contato entre animais doentes e sadios. O vírus é eliminado para o meio ambiente por meio das secreções e excreções dos animais doentes como secreções nasais, saliva, sêmen, leite, urina e fezes, contaminando o meio ambiente. Entretanto, o vírus também pode ser transportado pelo ar e pelas pessoas (pelas mãos e vestimentas) que podem transmitir a doença para os animais. Também pode ocorrer a transmissão pela ingestão de água, leite ou alimento contaminado com o vírus. A Febre Aftosa é considerada uma zoonose, apesar de o homem raramente se infectar.


Sintomas

Os sintomas são febre, vesículas na boca, causando salivação excessiva e nas patas e tetas. As vesículas podem estourar formando úlceras. Esses sintomas interferem diretamente na alimentação e locomoção do animal causando perda de apetite e manqueira, redução da produção de leite, redução de peso e diminuição da eficiência reprodutiva. O animal pode vir à óbito, principalmente os jovens ou debilitados. Em caso de suspeitas da doença os proprietários ficam obrigados a comunicar o fato ao serviço veterinário oficial.


Impactos Econômicos

Os problemas advindos desta doença não estão relacionados à saúde pública, mas sim aos impactos econômicos para a pecuária, com impacto significativo no comércio de produtos agropecuários no exterior. Isso porque é de fácil difusão, provocando perdas na produção e embargos à exportação de animais, de carne fresca e de produtos derivados, visto que prejudica o padrão sanitário exigido pelo comércio internacional.


Legislação

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) criou o Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PNEFA) que tem como finalidade a erradicação da febre aftosa em todo o Território Nacional e a sustentação dessa condição sanitária por meio da implantação e implementação de um sistema de vigilância sanitária. Esse sistema está apoiado nas ações do serviço veterinário oficial em conjunto com a comunidade. A confirmação de foco de febre aftosa leva à declaração de estado de emergência veterinária, e o MAPA deverá definir e coordenar as ações que podem incluir sacrifício sanitário, vacinação emergencial e medidas de interdição.

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